Como uma onda no mar
Como uma
onda no mar vou passando e passando
Corro e
escorro em um mundo sem limites
Nada me
falta e nada é bastante
Vou me
permitir, vou sair sem destino e sem fronteira
Viver como
se fosse o próprio mar, como se fosse eterno!
Esperando
que um dias os passos se encontrem
Ninguém se
dá conta das estradas
Sonhos e
aventuras sobrevoando
Estrelas e
luzes confundindo-se
Dores e
alegrias sem significados!
Não escuto
o meu medo
Não desejo
outras infâmias
Tudo é
perecível, não leva a nada
Caminho
verso um inexistente sol
Uma
escuridão sem possibilidade de amanhecer!
Vou para
onde ninguém quer ir
Mergulho
nas aguas jamais navegadas
Sambo nas
areias sem restrições
Corro sem
nenhuma perspectiva
Vivo como
uma onda no mar!
Busco ser
paciente sem tréguas
Não permito
que as provas me façam desistir
Almejo ser
digno de meus sofrimentos
Estranho as
mentiras e as falsidades
Não vejo a
hora de atracar no porto!
Sinto-me
cidadão do mundo
Percebo-me
perdido em casa
Agonizo-me
no vai-e-vem das paixões
Confio no
tempo que me escorre pelas mãos
Exulto como
uma onda no mar!
Gritar a
alegria de romper nas calçadas
Manifestar a
pujança de ser o que sou
Não permitir
interferências e turbulências
Renovar-se
em cada aurora que me vem abraçar
Estou como
uma onda no mar!
Jorge
Ribeiro
Itália, maio
de 13
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