Qualquer lugar!
O lugar não é aqui! Resta-nos o medo dos bárbaros!
Talvez seja o medo da barbárie e da conspiração.
Ainda estou por aqui, com todos e com o medo do
outro.
Todo lugar pode o certo, não se tem outras
possibilidades.
O que dizer dessa degeneração? Um misto de náusea e
revolta.
Qual é o lugar apropriado? Errante e sem paradeiro,
vamos caminhando.
O futuro? Nada de expectativas, apenas deixamos que
se arrastem os devires.
A fraternidade. Como vivenciá-la entre tanta
mediocridade e banalidade!
Nem libertação e nem escravidão, é o marasmo mesmo
que nos corrói.
Os bons sentimentos, as boas companhias! São bálsamos
para ir suportando.
Pessimismo? Não
vejo que cadáveres caídos e tantos urubus que tateiam!
Decepção ou insegurança? Talvez se tenha esperado
demais e criado ilusões.
Perplexidade diante desse barril de pólvora, guia de um tempo que não existe.
Qual é o lugar certo se a periculosidade é inerente
ao existir?
Qualquer lugar serve se tudo é a mesma coisa!