Indiferença
e violência: questionamentos!
Quem é o outro? É apenas um EU fora de mim?
Trato o outro como um espelho ou objeto ou reconheço a sua subjetividade e
dignidade? Como nos vemos entre os outros? Como vemos a presença do outro? Qual
o lugar do outro na minha vida? O que não sou eu é estranho ou complemento? Como
reconheço o valor do outro? O outro é uma ameaça ou um estimulo? O outro
provoca medo ou aproximação? Sou capaz de perceber e aceitar as qualidades ou
bem dos outros?
Vivemos sem os outros? Que importância dou aos
outros e o que eles vivem? Como reagimos ao diferente? Eu sou capaz de dialogar
com o diverso? Qual valor atribuo ao que os outros vivem? Qual o parâmetro para
julgar as ações do outros? Tenho consciência que sou o outro para os outros?
Sou universal nos relacionamentos ou faço distinção e exigências?
O diferente é o mesmo que desigual? A diferença
é a lei da natureza, a desigualdade é crime. Por que trato iguais como
diferentes? Dou a devida atenção às pessoas ainda que sejam diferentes e
diferenciadas? Aceito o que contradiz as minhas perspectivas?
O que é a violência? O que lhe provoca? Seria
reação ao diferente? Rejeição ao estranho ou que fere o meu egoísmo? Seria
fruto das desarticulações a causa de provocações? Modo de se impor? Quais suas
causas? O que provoca uma reação violenta?
Quais tipos de violência existem? Indireta,
passiva, física, psicológica, simbólica e outras tantas. A pressão. O uso dos privilégios. A mania de
dar jeitinho. As promessas e ameaças. A
violência pode ser justa? Toda violência é condenável. Existe violência
legítima? Pode se usar alguma forma de violência para se obter o bem ou o
melhor?
Qual a relação entre violência e política? O
estado usa de violência para conseguir seus propósitos? As leis e as sanções
são formas de violência? Sem o poder o Estado conseguiria manter a ordem? Para
se obter ordem é preciso poder? Quanto o poder se entrelaça com a força? E o
uso da força, seja ela como for, não se manifesta como violência? Como
classificar tempo de paz, seria apenas ausência de guerra? Guerra e paz são
excludentes ou complementares? Seria preciso guerra para se conquistar a paz ou
essa é desejo natural das pessoas?
Como superar a natural violência e tendência à
indiferença que existe na estrutura das pessoas? Como viver num mundo
competitivo sem perceber o outro como adversário ou ameaça? Como praticar o
desarmamento existencial? Somos capazes , realmente, de viver o acolhimento e o
diálogo? Eis que uma esperança se abre…