UMA VIDA EM MOVIMENTO
Adoro viajar, essa realidade me coloca em contato com a vida mesma: sinto que sou parte de uma realidade que se revela além da minha janela. Viver é caminhar ao encontro do horizonte, que talvez nunca se descortine totalmente, mas que impulsiona a por-se em constante movimento.
Tudo passa continuamente, os nossos dias, as nossas realidades, os nossos sonhos e até a nossa vida: nada é igual, tudo està em mudança, como uma onda que sempre se repropoe, assim é a mesma vida humana, continuamente se faz e se refaz. Por que perder tempo em realidades que sao traseuntes? Por que investir demasiado em situaçoes que somos sabedores que passarao sem deixar rastros? Unico horizonte é a morte, a essa realidade ninguém escapa, logo se deve buscar viver tudo que possa ajudar a viver com serenidade esse momento fulcral, mas sobretudo que faça adquirir um sentido bom aos dias que possamos viver; assim, a amizade sincera, a contemplaçao da beleza do universo, a convivencia harmoniosa com a natureza e com seus seres, ajudam-nos a encontrar a paz interior e a comunhao com Deus.
Para que tantas confusoes e intolerancias quando nao podemos conservar nem mesmo o momento presente? Por que pessoas se consumam para demarcarem as suas vontades, tranformando em razoes ideologicas e dogmatistas coisas que simplesmente bastaria um dialogo aberto? Para que buscar uma uniformidade e unanimidade, quando a pluralidade e a diversidade pode nos levar a um colorido maior na propria existencia? Por que nao acolhemos a vida assim como é, ou seja, uma sucessao de crises e problemas? Para que construir um sistema fechado e acabado quando tudo està em transformaçao continua?
Viver é por-se a caminho, é acolher com serenidade e humildade a transitoriedade e a fragilidade da propria existencia; muito mais que senhores da criaçao, somos embaixadores das fraquezas existentes. Por que esconder nossas mazelas, fraquezas, defeitos, erros, limites e dificuldades? Um vsle pelo que é ou pelo que aparece ser? Quando um olha a si mesmo e busca fazer uma leitura de si proprio, o que ve: o que realmente é ou o que imagina ser? Ser capaz de olhar a si mesmo e descrever com clareza a propria existencia é o papel de quem sabe viver com sabedoria.
É a página de todos que acreditam na amizade e no seu poder de libertação e felicidade.É o lugar daqueles que percebem na amizade o fator de realização e perfeição. Quem vive a fazer o bem é feliz!
MICHEL DE MONTAIGNE
MICHEL EYQUEN, conhecido como Mixhel de Montaigne, porque nasceu neste Castelo, na regiao perigordina - Bordeaux, França (1533). Cavaleiro, membro e conselheiro do Parlamento, prefeito de Bordeaux; amigo de Catarina de Médicis, Henrique III e Henrique d Navara, exerceu grande influencia na França de entao, como embaixador de paz, nesse periodo de oito (08) guerras de religiao e da guerra dos <>.
Casado, uma filha (Leonor), uma "fille d'Alliance - Marie de Gournay -, discipula que publicou postumamente os seus <> em 1595. Segundo alguns estudiosos ele escreveu os <>, a causa da solidao e da perda do grande amigo, Etiene la Boétie, morto em 1563. Um homem extraordinario, ao qual Montaigne lembra sempre nos seus escritos e a ele dedica alguns ensaios, especialmente o Da Amizade (Ensaios I,27).
Montaigne escreveu além dos Ensaios (em tres volumes), o <>, mais de trinta Lettres e algumas anotaçoes em Livros dos antigos; fez a publicaçao das Ouvres de La Boétie.
A meditaçao sobre a morte e a busca da serenidade da vida perpassa todos os escritos de Montaigne; um movimento que ele mesmo alimentava na sua vida e na dinamica de seus escritos, porque a vida é movimento (Ensaios III, 13), mas é sobretudo um aprender a morrer (Ensaios I, 20), ainda que para experimentar esse realismo da vida se necessita vivenciar profundamente a amizade (Ensaios I,27), mas com o maximo de tolerancia, acolhendo o <> como de fato é (Ensaios I,31).A sua meditaçao que vai do realismo experimental a uma meta-antropologia.
Casado, uma filha (Leonor), uma "fille d'Alliance - Marie de Gournay -, discipula que publicou postumamente os seus <
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A meditaçao sobre a morte e a busca da serenidade da vida perpassa todos os escritos de Montaigne; um movimento que ele mesmo alimentava na sua vida e na dinamica de seus escritos, porque a vida é movimento (Ensaios III, 13), mas é sobretudo um aprender a morrer (Ensaios I, 20), ainda que para experimentar esse realismo da vida se necessita vivenciar profundamente a amizade (Ensaios I,27), mas com o maximo de tolerancia, acolhendo o <
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