Questões sobre a liberdade
"O
ser humano nasceu livre e por toda parte está acorrentado", escreveu
famosamente Rousseau. O paradoxo da liberdade é que, ainda que uma condição
supostamente possível, acontece em um contexto contingente no qual é
condicionado por um monte de fatores. Às vezes pensamos que quando tomamos uma
decisão plenamente conscientes, considerando suas causas e suas conseqüências,
os motivos pelos quais a tomamos, essa decisão é já por isso uma decisão livre.
Mas isto é verdadeiro? Ou só é um auto-engano de quem anseia desesperadamente
crer em liberdade? São os outros, os que pensam que a liberdade é absolutamente
impossível, que têm a razão neste dilema?
O que é
essa tal de liberdade? Liberdade
significa o direito de ir e vir, de acordo com a própria vontade, desde que não
prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém.
Liberdade é também um conjunto de idéias liberais e dos direitos de cada
cidadão.
Liberdade é classificada pela filosofia, como a independência do
ser humano, o poder de ter autonomia e espontaneidade.A liberdade é um conceito
utópico, uma vez que é questionável se realmente os indivíduos tem a liberdade
que dizem ter, se com as mídias ela realmente existe, ou não. Diversos
pensadores e filósofos dissertaram sobre a liberdade, como Sartre, Descartes,
Kant, Marx e outros.No meio jurídico, existe a liberdade condicional, que é
quando um indivíduo que foi condenado por algo que cometeu, recebe o direito de
cumprir toda, ou parte de sua pena em liberdade, ou seja, com o direito de
fazer o que tiver interesse, mas de acordo com as normas da justiça.Segundo a
filosofia, liberdade é o conjunto de direitos de cada indivíduo, seja ele
considerado isoladamente ou em grupo, perante o governo do país em que reside;
é o poder qualquer cidadão tem de exercer a sua vontade dentro dos limites da
lei[1].Livre arbítrio[2]:
Para a filosofia, o livre arbítrio tem origem
no Determinismo, que defende que todos os acontecimentos são causados por fatos
anteriores. Para a a ciência da filosofia, o indivíduo faz exatamente aquilo
que tinha de fazer, seus atos são inerentes a sua vontade, e ocorrem com a
força de outras causas, internas ou externas.Livre Arbítrio (De Libero
Arbitrio) foi uma obra da autoria de Santo Agostinho. Este livro, que
tem data de 395, foi escrito na forma de diálogo do autor com o seu amigo
Evódio. Nesta obra, Santo Agostinho elabora algumas teses a respeito da
liberdade humana e aborda a origem do mal moral.
Muitas vezes a expressão livre arbítrio, tem o mesmo significado que a expressão liberdade. No entanto, Santo Agostinho diferenciou claramente esses dois conceitos. O livre arbítrio é a possibilidade de escolher entre o bem e o mal; enquanto que a liberdade é o bom uso do livre arbítrio. Isso significa que nem sempre o homem é livre quando põe em uso o livre arbítrio, depende sempre de como usa essa característica. Assim, o livre arbítrio está mais relacionado com a vontade. Porém, uma distinção entre os dois é que a vontade é um ato ou ação, enquanto que o livre arbítrio é uma faculdade.A sensação de individualidade, longe de filosofias, intuições ou gostosas e divertidas conversas de botequim, é quase uma ilusão cognitiva. Não só a nível psicológico, senão que inclusive físico: todos os átomos de nosso corpo são substituídos por outros diferentes a cada sete anos, aproximadamente.
Liberdade como autodeterminação: um ato livre deve ter a sua razão de ser, que é a vontade. Não basta dizer que somos livres por que somos indeterminados em relação aos bens particulares, temos a necessidade de querer esses bens. É um querer que nasce de nós mesmos, ou seja, é autodeterminação. A liberdade não é somente indeterminação da parte do objeto, mas autodeterminação da vontade.O ato de vontade segue um conhecimento intelectivo, mais precisamente um juízo. Um juízo de valor, pratico que diga: tal coisa é boa. Para que eu queira tal coisa e não genericamente, mas concretamente, tenho necessidade de julgar: esta coisa (ou ação) para mim é boa. Mas como chego a esse juízo?Não em virtude de um instinto, mas em virtude de uma deliberação. Essa supõe a vontade do fim, o conhecimento de um ou mais particulares como possíveis objetos de vontade e consiste em colocar em relação esses objetos particulares com o fim entendido. A deliberação é o processo pelo qual me pergunto se o objeto ou a ação partícula presente, aqui e agora, me leva ao fim ao qual me dirijo, ou seja, se é para mim um bem.O fim ultimo é desejado necessariamente. A escolha é sempre condicionada por uma aprovação concreta, o qual é perfeitamente conforme. A liberdade entra em jogo no juízo último pratico, pois este não é um ato puramente teorético, não é determinado totalmente do objeto que se deve avaliar, mas é determinado, em parte, pela vontade.
Muitas vezes a expressão livre arbítrio, tem o mesmo significado que a expressão liberdade. No entanto, Santo Agostinho diferenciou claramente esses dois conceitos. O livre arbítrio é a possibilidade de escolher entre o bem e o mal; enquanto que a liberdade é o bom uso do livre arbítrio. Isso significa que nem sempre o homem é livre quando põe em uso o livre arbítrio, depende sempre de como usa essa característica. Assim, o livre arbítrio está mais relacionado com a vontade. Porém, uma distinção entre os dois é que a vontade é um ato ou ação, enquanto que o livre arbítrio é uma faculdade.A sensação de individualidade, longe de filosofias, intuições ou gostosas e divertidas conversas de botequim, é quase uma ilusão cognitiva. Não só a nível psicológico, senão que inclusive físico: todos os átomos de nosso corpo são substituídos por outros diferentes a cada sete anos, aproximadamente.
Liberdade como autodeterminação: um ato livre deve ter a sua razão de ser, que é a vontade. Não basta dizer que somos livres por que somos indeterminados em relação aos bens particulares, temos a necessidade de querer esses bens. É um querer que nasce de nós mesmos, ou seja, é autodeterminação. A liberdade não é somente indeterminação da parte do objeto, mas autodeterminação da vontade.O ato de vontade segue um conhecimento intelectivo, mais precisamente um juízo. Um juízo de valor, pratico que diga: tal coisa é boa. Para que eu queira tal coisa e não genericamente, mas concretamente, tenho necessidade de julgar: esta coisa (ou ação) para mim é boa. Mas como chego a esse juízo?Não em virtude de um instinto, mas em virtude de uma deliberação. Essa supõe a vontade do fim, o conhecimento de um ou mais particulares como possíveis objetos de vontade e consiste em colocar em relação esses objetos particulares com o fim entendido. A deliberação é o processo pelo qual me pergunto se o objeto ou a ação partícula presente, aqui e agora, me leva ao fim ao qual me dirijo, ou seja, se é para mim um bem.O fim ultimo é desejado necessariamente. A escolha é sempre condicionada por uma aprovação concreta, o qual é perfeitamente conforme. A liberdade entra em jogo no juízo último pratico, pois este não é um ato puramente teorético, não é determinado totalmente do objeto que se deve avaliar, mas é determinado, em parte, pela vontade.
A liberdade é opção, risco, pois tem um elemento
no ato livre cuja última razão é
precisamente a vontade; a existência da liberdade não é a conclusão de uma
teoria, mas um fato a ser descoberto, um fenômeno a ser colocado em luz. A
liberdade é evidente, mas precisa fazer atenção. Aceitar a liberdade é
incômodo, não aceitar significa dispensar qualquer empenho, ser livre exige
humildade diante dos atos de bondade realizados pelos outros e nos faz
querermos ser melhores. A liberdade é um fato que recolhemos em nós. O poder de
fazer o mal é um defeito da liberdade e o de fazer o bem um ato de vontade. Um
ato livre é aquele que não é determinado necessariamente, é um ato que está no
poder da liberdade de realizar ou não, que pode ou não ser realizado. O
conceito de livre implica aquele de contingente, aquele que pode ser ou não
ser, que existe, mas por sua natureza poderia não existir.
* Deus é causa da nossa
faculdade de querer, mas não dos nossos atos livres, desses somos nós mesmos a
causa? Tomas de Aquino diz que Deus é causa eficiente primeira dos atos livres,
porque cada devir tem a sua razão última em Deus, que não advém. Eu não poderia
dizer sempre que eu sou se Deus não me fizesse ser em todos os momentos aquele
q
[1]Diversos filósofos estudaram e publicaram suas obras
sobre a liberdade, como Marx, Sartre, Descartes, Kant, e outros. Para Descartes a liberdade é motivada pela decisão do
próprio indivíduo, mas muitas vezes essa vontade depende de outros fatores,
como dinheiro ou bens materiais.
Segundo Kant, liberdade está relacionado com
autonia, é o direito do indivíduo dar suas próprias regras, que devem ser seguidas
racionalmente. Essa liberdade só ocorre realmente, através do conhecimento das
leis morais e não apenas pela própria vontade da pessoa. Kant diz que a
liberdade é o livre arbítrio e não deve ser relacionado com as leis.
Para Sartre, a liberdade é a condição de vida
do ser humano, o princípio do homem é ser livre. O homem é livre por si mesmo,
independente dos fatores do mundo, das coisas que ocorrem, ele é livre para
fazer o que tiver vontade.
Karl Marx diz que a liberdade humana é uma prática dos indivíduos,
e ela está diretamente ligada aos bens materiais. Os indivíduos manifestam sua
liberdade em grupo, e criam seu próprio mundo, com seus próprios interesses.
[2]Livre arbítrio é o poder que cada indivíduo tem deescolher suas ações, que caminho que
seguir, mas nem sempre esse caminho pode ser benéfico. A expressão é utilizada
por diversas religiões, como o catolicismo, espíritas, budistas e etc., e cada
uma explica seu ponto de vista em relação ao livre arbítrio, e se ele realmente
existe.
O real
significado de livre arbítrio tem sentidos religiosos, psicológicos, morais e
científicos. Algumas pessoas dizem que livre arbítrio significa ter liberdade,
e muitas vezes confundem com desrespeito, e falta de educação. Cada um
realmente tem direito de fazer o que quiser com sua vida, e escolher qual
caminho quer seguir, desde que não prejudique ninguém.