ACENDEI NELES O FOGO DO VOSSO AMOR...

ESPERANTO O PENTECOSTES... 


Esperando Pentecostes... 
Reflitamos a imensurável riqueza dos Dons do Espírito

Se há algo impensável e inconcebível é a vida sem o Espírito Santo, bem como a Igreja, o ministério presbiteral e todos os ministérios, pois não resistiriam à orfandade divina. O Espírito enriquece a Igreja, ao longo da história, com todos os dons necessários, porque Ele é o Dom de Deus, Dom dos dons, Fonte inexaurível de todos os dons.

Mais uma vez voltemos às palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972) que assim se expressou acerca do Espírito Santo:

“Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o Evangelho é uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos. Mas no Espírito Santo, o cosmos é enobrecido pela geração do Reino, o Cristo Ressuscitado está presente, o Evangelho se faz força do Reino, a Igreja realiza a Comunhão Trinitária, a autoridade se transforma em serviço, a Liturgia é memorial e antecipação, a ação humana se diviniza”.

Tendo em conta a imprescindibilidade do Espírito na ação evangelizadora da Igreja através dos mais diversos ministérios, vejamos como todos podemos ser enriquecidos com os Sete Dons que dEle procedem. 

O Dom da Sabedoria...
Jamais poderemos prescindir deste dom para avaliarmos  todas as coisas à luz do Evangelho e ler nos acontecimentos da vida os Projetos de amor do Pai.
O Dom do Entendimento...
Dom que nos é dado para nos assistir na compreensão mais profunda da verdade, para anunciar a Salvação com maior firmeza e convicção.

O Dom do Conselho...
Para que tenhamos  a vida iluminada e possamos  a muitos com a luz divina iluminar, orientando toda ação pessoal e eclesial segundo os desígnios da Divina Providência.

O Dom da Fortaleza...
Que nos sustentará em meio a tantas dificuldades, e renovará a coragem para o anúncio e testemunho do Evangelho.

O Dom da Ciência...
Que nos possibilitará distinguir o “Único Necessário”, fonte de toda vitalidade, em meio a tantas coisas meramente importantes, efêmeras, dispensáveis, passageiras...

O Dom da Piedade...
Para reanimar, reavivar e aprofundar sempre mais a íntima comunhão com a Trindade Santíssima, em imprescindível reapaixonamento, sem o qual lhe faltará motivação necessária para o ardor na ação evangelizadora.

O Dom do Temor...
Para que, conscientes das fragilidades que constitui a existência humana, reconheçamos  a força da graça divina, pois quando somos fracos, então é que somos fortes, como nos falou o Apóstolo Paulo.

Iluminados, enriquecidos, assistidos pelo Espírito Santo renovemos nosso coração para que, novas criaturas, com toda a Igreja, o sejamos. E a melhor conclusão consistirá numa súplica a se renovar a cada instante de nossa vida e de nossas atividades:“Vinde Espírito Santo, enchei o coração dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor...” 



PS: Artigo publicado no jornal Folha Diocesana - Guarulhos - Ed. nº174. Reeditado para o blog.

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