Entre
laços
Por Pe. Jorge
Ribeiro
Caminhando entre os
emaranhados de relações e de conquistas, na busca incansável de reconhecimento
e de confirmação, a vivência de novas realidades se manifesta entre laços. Laços
de ternura e de afeto, laços de sangue e de negócios, laços de experiências e
de possibilidades, mas sempre laços. Laços que vinculam e prendem, laços que restringem
e apertam, laços que determinam e acolhem, mas sempre entre laços. Os laços nos
deixam em ligação, os laços fazem a integração e também na contramão. Laços de
liberdade e de aderência, laços humanos que deixam em conexão, laços nas redes
sociais e na cotidianidade, mas sempre entre laços. Quais as consequências dos
nossos laços e o que isso ajuda na construção da própria existência? Entre vidas
programadas e vidas desperdiçadas, os laços provocam familiaridade e também individualismo,
pois os laços podem se configurar como bênção ou como maldição, dependendo de
como esses são estabelecidos. Quando colocam
em comunhão e faz viver em comunidade os laços são bênçãos e quando fomentam fragmentações
e individualismos são maldições. A segurança e a liberdade se entrelaçam como
justiça que precisa bem contrabalançar para não se perder o que gera estado de
estabilidade na alma humana. Os laços criam uma d´vida da pessoa em relação à
outra, ninguém existe por si mesmo, logo é em face ao outro que se constrói e
se constitui e nessa construção recíproca se pode vislumbrar uma vida
equilibrada e de superação do individualismo sem perder a própria singularidade.
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