MARIA EM OUTRAS RELIGIÕES

MARIA EM OUTRAS RELIGIÕES



            De modo geral, o culto mariano se apresenta como algo estreitamente ligado à Igreja Católica e é tido como uma forma especificamente católica de piedade. Os protestantes criticam com violência e frequentemente rejeitam de maneira rígida formas e modos de devoções mariana praticados ou promovidos no interior da Igreja Católica, como expressão de um desconhecimento do Evangelho.
            Essa rejeição e crítica começaram desde o tempo da Reforma e perduram até hoje, na época do ecumenismo. A posição católica pede que deixemos de lado os excessos, posições erradas, abusos, para evitar o que poderia ser uma crítica justificada.
            De outro lado, também encontramos testunhos notáveis de um culto mariando profundo e vivo, nas área das igrejas e comunidades eclesiais protestantes, são consciente de que perder Maria é perder um componente central e insubistituível do Evangelho. O Catecismo evangélico dos adultos diz que Maria não é apenas católica, mas também evangélica. É uma atitude que se encontra no próprio Martinho Lutero, em outros teólogos protestantes como por exemplo, F. Heiler, H. Asmussen, W. Stahlin e H. Thurian. Entretanto, eles não aprovam tudo o que se faz na Igreja Católica.
            Estão todos de acordo em rejeitar a definição dogmática da Assunçào corporal de Maria ao céu, pronunciada por Pio XII (1950), e daí nascem os motivos para críticas e temor com relação a esse tema. Existe, portanto, mesmo dentro do seio protestante, diversas posições com relação ao culto mariano. A posição de Lutero baseia-se na rejeição do que possa parecer exagero, que coloque Maria muito semelhante a Deus ou Jesus Cristo; o seu temor era que Maria fosse vista com coisas que pertencem exclusivamente a Deus. Ele louva e honra Maria como a Mãe de Deus e a Virgem pura, como fazem os católicos, ortodoxos e os de culto afro-brasileiro ou ibero-americano. Assim como Lutero, também Zwinglio, Calvino, K. Barth, L. Fischer, entre outros teólogos protestantes são unânimes em afirmar que sem a virgindade e a maternidade de Maria não temos salvação.
            Nas religiões pagãs, como nas religiões orientais, não se conhecem a figura de Maria, entretanto, em todas elas se venera aquela que foi a portadora do “Salvador”, pois é o instrumento escolhido o “Deus” vir ao mundo. Nas religiões em que ainda se esperam o nascimento do Cristo, como no Judaísmo e Hebraísmo, reverenciam as grandes profetizas, mulheres de fé, mas não existe uma “Mãe de Deus”, para eles é inconcebível o Criador nascer da Criatura. Só tem sentido falar de Maria em religião cristã.
            Tanto as aparições, como as devoções, cultos e peregrinações à Maria só têm sentido se nos levam a Cristo, se nos colocam mais perto de Deus. Tudo isso é legítimo se não disvirtualiza a adoração a Deus e nos coloque ao encontro com o Salvador. Ignorar a figura de Maria significar mutilar uma página do próprio Evangelho, significa negar a autenticidade do nascimento de Jesus Cristo.

QUESTÕES:
  • Qual a face mariana que você apresenta? Qual a sua convicção em relação a ela?
  • A Igreja se revela como Mãe de maneira plástica em Maria, como está o seu amor para com ela? Que atitude tomar diante de suas possições?
  • Cristo só pode ser homem pela ação de Maria, como ela nos ajuda a viver o Evangelho?

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