DEUS NAO ESTA' MORTO

Deus não está morto!


Análise do filme que pretende colocar em voga a questão de Deus e da sua existência, assim como da possibilidade de se fazer uma demonstração disso.

Ficha técnica:
1.     God's Not Dead é um filme de drama cristão de 2014, dirigido por Harold Cronk e estrelado por Kevin Sorbo, Shane Harper, David A. R. White e Dean Cain ( Wikipédia).
2.      
3.     Data de lançamento21 de março de 2014 (EUA)
4.     DireçãoHarold Cronk
5.     Duração113 minutos
6.     Lançamento em DVD5 de agosto de 2014 (EUA)

Enredo \ sinopse:
Antes de vermos a síntese do filme e de analisarmos a sua coerência, como filme, começamos por perguntar: até onde você é capaz de ir para provar sua fé?
O fato é que em seu primeiro dia de Universidade, o estudante Josh (Shane Harper) terá sua fé desafiada diante de todos os seus colegas na aula de Filosofia. O pretencioso professor Radisson (Kevin Sorbo) diz não querer perder tempo com tolices e orienta seus alunos, categoricamente, a negarem a existência de Deus, assinando um papel com apenas três palavras: Deus está morto!
Assim, Josh encontra-se dividido ao ter de escolher entre sua crença e seu futuro. Angustiado e nervoso, ele não cede às pressões, provocando a ira do professor e não somente dele. Agora, Josh terá de defender a existência de Deus para toda a classe (em três lições). Sem muito apoio, ele questiona se, de fato, pode lutar por aquilo que acredita (Cfr. www.gracafilmes.com.br).


Análise crítica:
O filme aborda o tema religioso, sobre a existência de Deus e a possibilidade de sua demonstração racional. O filme joga com duas visões excludentes, ou seja, de um crente que tenta justificar sua fé e de um ateu militante, que nega a possibilidade de Deus, sem querer confrontar suas ideias.
O filme se mostra pretencioso desde um início e faz uma caricatura  dos personagens, isto é, como se o ateu fosse insensível e sem razão e os crentes  fossem inocentes; entre os dois personagens principais, o argumento é de matriz filo-teológica, quer dizer, de uma teodiceia que se fortifica por meio de aparatos estreitamente religiosos.
Ao derredor desses dois, professor e aluno, faz-se desfilar uma gama de sujeitos que complementam a trama e que, parecem colocados para justificar as razoes fideístas. Conflitos morais, religiosos e de sofrimentos recheiam as cenas paralelas. As duas personagens centrais entram em conflito ou em comunicação com todos os outros que são inseridos na trama e, de um modo ou de outro estão entrelaçados. 
O filme mostra, ao meu ver, tanto a pretensão de um como do outro, um ateu, que por causas pessoas prefere não colocar a hipótese de Deus, principalmente de um Deus bom e a pretensão de um aluno que pensa poder provar as razoes de sua crença.  É verdade que o filme deixa entrever que a fé seja uma adesão pessoal e que depende, em última instância, da abertura que cada um tem a essa possibilidade. Mas também é verdade que o filme assume um tom apologista, como se a visão cristã fosse a correta, onde os não crentes aparecem ambiciosos e fúteis e os crentes pessoas assentadas e alegres.  Soa muito mercantilismo da fé e de um modo de viver a fé como atitude vitoriosa em relação aos problemas da existência humana e social.
É um filme válido, mas também deixa em aberto algumas questões: se os ateus são todos insensíveis? Qual a distinção entre a vontade de Deus e o egoísmo da mesma pessoa? Que os cristãos vivem numa atmosfera quase fora da realidade? A fé torna as coisas mais fáceis e tem sempre uma dose positiva em confronto dos sofrimentos e da maldade?


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