O
nome de Deus é misericórdia
Com a publicação do
seu livro: O nome de Deus é misericórdia, no último dia 12 de janeiro, o
Papa Francisco quer mais uma vez chamar a atenção de todos para esse aspecto
incomensurável do Ser de Deus, ou seja, a sua misericórdia. Misericórdia que se
traduz em gestos concretos de compaixão, de perdão, de acolhimento, de
tolerância e amor. O livro que o Papa publicou em parceria com um jornalista
italiano Andrea Tornielli, é uma compilação de conversas, dividido em nove
capítulos e em 40 perguntas e respostas.
O capítulo I fala
do tempo da misericórdia, e portanto, também da graça da vergonha torna o pecador
consciente do pecado. Daí a importância e a responsabilidade de ser confessor.
Já o capítulo II diz que a Confissão não é lavanderia, nem tortura. Ouvir, não
interrogar. O capítulo III Reconhecer-se pecador. Um coração em pedaços é uma
oferta agradável a Deus. O capítulo IV diz que também o Papa tem necessidade da
misericórdia de Deus. Já o capítulo V aborda que a Igreja condena o pecado, mas
abraça o pecador. Capítulo VI – Não lamber as feridas do pecado, mas ir em
direção a Deus. Delicadeza e não marginalização das pessoas homossexuais, ou
seja, misericórdia é doutrina, é o primeiro atributo de Deus. Lógica de
Deus é lógica do amor que escandaliza os “doutores da lei” E Adesão formal às
regras leva à degradação do estupor. Lei da Igreja é inclusiva, não exclusiva.
Capítulo VII – Corrupção, um pecado elevado à sistema. Pecadores sim, corruptos
não! Justiça não basta por si só, é necessária a misericórdia. Família,
primeira escola de misericórdia. Capítulo VIII – A compaixão vence a
globalização da indiferença. Capítulo IX – Praticar obras de
misericórdia. Está em jogo a credibilidade dos cristãos. Na conclusão do
livro-entrevista, o Papa coloca o foco nas obras de misericórdia, corporais e espirituais:
“São atuais e sempre válidas – diz – estão na base do exame de consciência e
ajudam a abrir-se à misericórdia de Deus”. Disto, vem a exortação a servir
Jesus “em toda pessoa marginalizada”, excluída, faminta, sedenta, nua,
prisioneira, doente, desempregada, perseguida, refugiada. Na acolhida do
marginalizado, ferido no corpo, e do pecador, ferido na alma, joga-se, de fato,
“a credibilidade dos cristãos”, conclui o Pontífice. Porque no fundo, como
dizia São João da Cruz, “no anoitecer da vida, seremos julgados no amor”.
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