“… Permaneçais alicerçados e firmes na fé” (Col 1,23)
Louvado seja Nosso
Senhor Jesus Cristo!
Estimados irmãos
no sacerdócio
Diáconos,
ministros, autoridades aqui presentes e representadas;
Querido povo de
Deus
Os louvores à Mãe
de Deus e nossa!
Dia de festa e de
alegria para toda a comunidade!
Alicerçados em
Cristo, a nossa única certeza e garantia e firmes na fé, principio de comunhão
e salvação!
O tema central da
festa convida a reavivar o dom da fé que existe em nós, de não nos deixarmos
abater pelas dificuldades e pelos transtornos da caminhada e fundamentar o
nosso caminhar em Jesus Cristo, o Filho Eterno do Pai, autor e consumador da
nossa fé, Aquele no qual encontramos o sentido e a razão do nosso esperar…
Cada dia dos
festejos buscamos incrementar a nossa vida de cristãos, a nossa vida de
devotos, a nossa vida de fé, para vivemos segundo a nossa vocação: filhos e
filhos de Deus, redimidos pela Cruz e Ressurreição de Cristo Jesus…
A alicerçar a fé
com obras que traduzam a nossa confiança e seguimento a Jesus e sua Palavra,
porque sem fé é impossível agradar a Deus…
Orar para
fortalecer e manter a fé unida à sua fonte e à sua meta, Jesus Cristo e assim
permanecer naquilo que se aprendeu e recebeu nos Batismo, a vida de fé…
A não vacilar, a
não perder o animo e a força, mas ter fé, ou seja, confiança, perseverança, …,
porque Deus é a única Rocha, onde o crente encontra o seu verdadeiro refugio…
Deus não abandona
quem a Ele se dedica, mas retribui e recompensa a cada um segundo suas obras de
fé, isto é, em favor dos irmãos, dos menos favorecidos, dos escolhidos por
Jesus…
O cristão sabe que
Deus não se compraz em condenar e castigar, ao contrario, a alegria de Deus é o
perdão, é a misericórdia, é a salvação…
Quem crer não deve
negar o Carisma da fé, da esperança, da constância que ha em si mesmo
Os ensinamentos de
Jesus nos leva à eternidade, à salvação , ao Pai, e quem crê n’Ele dever ser
conforme a sua doutrina, a doutrina da Igreja, aquela transmitida pelos
Apóstolos…
O cristão, o
crente, o homem e a mulher de fé, saldo em Jesus, confiante no seu amor e no
seu abraço de eternidade não se deve deixar seduzir por facilidades, enganos,
falsas doutrinas, discursos sedutores, mas se manter alicerçado e firme em
Jesus, nossa Vitória, nossa Luz, nossa Vida e nossa Eternidade…
A festa da
Imaculada, ou seja, da Virgem da Conceição, é um convite a olhar Maria, mãe de Jesus e nossa, e com
ela vivermos unidos uns com os outros e arraigados em Jesus, nosso Salvador; em
Maria nós contemplamos a fé amadurecida, vivida com simplicidade e
generosidade, exemplo, modelo, estímulo e incentivo para todos que querem
seguir e testemunhar o mesmo Jesus.
Deus quis Maria
para a salvação da humanidade, porque quis que o Salvador fosse “filho do
homem”, ela é a nova Eva, “a mãe de todos os viventes”: lembra e exalta o lugar
da mulher na vida, na igreja e na sociedade.
Deus escolhe
inserir todo ser humano no Corpo de Cristo, amados, regenerados e salvos pelo
Filho.
A cooperação de
Maria na obra da salvação, isto é, os batizados somos convidados a sermos
instrumentos da presença de Deus no mundo, pondo-se a serviço, como Maria,
escolhida para ser mãe se fez serva…
A progredir no
caminho da fé, da dedicação, da obediência, do amor e da esperança: deixando de
lado os rumores, as palavras vazias e se deixar conduzir pelo silêncio, pela
humildade e pelas obras em prol dos mais necessitados.
Maria é sinal de
que o mal foi vencido em Cristo, os filhos da Nova Aliança, ou seja, do Novo
Adão, Jesus, e da nova Eva, Maria, são filhos da paz, da esperança, do perdão e
da perseverança…
Não obstante
muitas vezes “fazemos o mal aos olhos de Deus imitando os antigos pais…” e
somos contagiados pela busca desenfreada do ter, pela violência e pela falta de
sentido, em Jesus, nascido de Maria,
Deus recria a humanidade, porque o bem é maior que o mal, a vitória
sobre o mal e o pecado é possível,…
A liturgia torna
presente no meio da nossa assembleia a força que preservou a Virgem do pecado,
porque celebramos na Eucaristia o mesmo mistério da redenção, cujos benefícios
Maria foi a primeira a gozar e do qual nós participamos, segundo nossas
fraquezas e nossas forças.
Escutar passos que
se avizinham pode fazer bater o coração de desejo ou de medo, depende que quem
venha seja quem amamos ou quem tememos…
O abraço de
aliança com o qual Deus reveste toda a humanidade desde o principio. Um dialogo
de intimidade, de afeto de relação feito por meio do Filho, no qual ele nos
abençoa desde a eternidade, porque em Jesus Cristo somos recolocados no Jardim
da salvação, pois ele protege a identidade profunda de cada um de nós, no dom
da beleza e da bondade, no Filho somos também filhos amados do Pai…
Mas o que
transformou e transforma os passos do Amado em uma percepção de pavor? A condição humana diz que o paraíso é um
sonho roubado…, existem as guerras e opressões, injustiças e violências,
egoísmos e atrocidades…, tudo isso porque nos fascina a voz da serpente, que a
cada época assume modalidades diferentes, mas induz sempre no mesmo engano.
Porque o engano inicial é aquele de sempre e de todos os nossos dias, é o
engano de hoje também, onde inicialmente somos vitimas e depois nos tornamos
cúmplices…
Maria é a mulher
que não se deixa seduzir pelo engano, é a humanidade que diz sim a Deus, que
não escuta a voz da serpente, mas se coloca em sintonia com a Palavra, Jesus; o
escutar Deus é assim acolhedor e profundo que essa mesma Palavra se faz carne
no seu ventre.
Por meio de Maria
o paraíso do sonho roubado, torna-se possibilidade oferecida novamente a todos.
Maria não é imaculada por um privilégio somente a sua pessoa, ela encarna, na
sua obediência de fé, uma profecia para todo o género humano.
Celebrar Maria não
é exaltar a ela, mas louvar por uma reconquistada história de salvação.
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